sexta-feira, abril 22, 2005

T

Todos os seus pedaços fazem-me ricochete no crânio em todos os momentos, como cacos de espelho com imagens das suas diferentes partes: uma mão, a boca, os olhos azuis, o sorriso, o próprio olhar, as pernas, o andar.
Não quero falar de si neste momento.
Agora aqui, quieta no meu canto, já com a porta fechada à chave, tenho pena de mim própria, compadeço-me de mim mesma, o que é um sentimento altamente desagradável, o mais desagradável.
Sei que perdi uma das formas mais gratas e subtis do amor que alguma vez conheci.
Escolho fechar-me.
Seja como for, é incrível o quanto me sossega esta ideia.

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