Felicidades
Bizarro.
É assim que classifico o pensamento que tive esta noite, durante o sono.
Não, não foi um sonho, foi só um pensamento durante o sono, uma espécie de miragem, que demorou segundos, durou nada.
Foi assim, uma premonição, sim, foi uma premonição.
Zangámo-nos por uma palermice, dizes tu. Não, não foi. Mas não adianta, jámais entenderás.
Sempre ocupada com as tuas realidades, com a pequenez das tuas coisas, com aquilo a que chamas problemas, metida no que não deves e despreocupada com o que deverias.
Não é assim?
Tenho saudades da nossa amizade, sabias?
E acho que foi por isso que te vi no meu sono.
E quis ver-te.
Saber de ti.
Saber se estás bem.
És feliz?
Hoje vi-te, minha querida Amélia.
Entrei num autocarro, fiquei no corredor, de pé. Olhei para todo o lado e nenhum. Vi toda a gente e ninguém. Não isolei nada nem ninguém.
E de repente vi-te. Sentada na segunda fila, do lado da janela. Tinhas um olhar tão meigo. Só te sorri. Tinhas um bébé no colo.
Para ti e para o teu filho....o melhor deste mundo, Amélia.
Sim, eu sei que nasceu hoje.
Soube há minutos.
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