Insónia à volta do cansaço
Chego à porta do prédio e tiro as chaves da mala. Abro a porta e entro no meu apartamento, descalço os sapatos, caminho descalça às escuras, sentindo o tapete por debaixo das plantas dos pés, vou-me despindo a caminho da casa de banho, deixando um rasto de roupa pelo corredor, ligo a luz do quarto ao entrar, salto já despida para cima do edredon, a cama e eu soam em uníssono, a cama com as suas molas e eu com um grande suspiro, apago a luz.
Volto a ligá-la, procuro um livro, leio duas linhas, apago-a outra vez, olho para o tecto, não vejo nada, a penumbra sorri-me. Estou nua no centro de um saco escuro, não consigo dormir e sorrio.
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