terça-feira, abril 25, 2006

Insónia sobre o tempo

Faz hoje 35 anos. O mesmo impulso, o mesmo ímpeto, tudo nela se mantem. Dominava-a agora o pânico de envelhecer. Não, não era velha, nem conhecia muito bem o que significa ser velho. Maleitas, supunha, consciência de que grande parte da vida fora ocupada em banalidades sem qualquer importância. Mas não era velha ainda, longe disso. Em que altura da vida será que uma pessoa se resigna à primeira ruga que aparece? Por ser vaidosa tinha terror do passar dos anos. Ou aliás, não exactamente do passar do tempo, mas do deterioramento do corpo que ele traz consigo.

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