terça-feira, abril 18, 2006

O corpo caduco, decadente, decrépito

Deve-se chegar a uma altura em que é inútil. Intervêem então os cirurgiões plásticos, dando um jeitinho na firmeza da nádega, na turgência dos seios, nos sedimentos de gordura na papada, diminuindo a gordura do ventre e os pés de galinha dos olhos. Lá estão as tintas para pintar o cabelo, as loções, os cremes, as máscaras, os tratamentos de mar, de sol, de água, de argila. Sim, homens e mulheres procuram cada vez mais antídotos contra o envelhecimento. Lutam para não sofrer esse processo que evidencia o deteriorismo, para não sentirem perante o espelho o passo do animal enorme que é a morte.
Um dia ninguém gostará de si nem de mim, ninguém, nem nós próprios.

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