quinta-feira, setembro 22, 2005

Quero, quero tudo

Quero mostrar-te com olhares claríssimos as coisas claríssimas que se podem mostrar com os olhares.
Quero morder-te levemente o pescoço enquanto cheiro o perfume inconfundível que tens nessa parte sem nome que fica onde acaba o lóbulo da orelha e o maxilar inferior se encaixa no crânio.
Quero que me sintas quieta, embora não assim tão quieta, quase inquieta, com a respiração ansiosa, sôfrega, quase lamuriante, à tua espera.
Quero que mergulhes no delicioso banho morno que te ofereço cá dentro.
Tudo na minha atitude e no meu corpo aprova-te.
Encho os meus dias com sede de ti.

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