domingo, julho 31, 2005

Indomáveis instintos

A campainha tocou. Ouvi passos no corredor lá fora, espreitei. Não abri.
Mais tarde o telefone tocou também. Atendi. Falei. Tensa. No início só com monosílabos, depois com frases mais compridas, e por fim dei a entender que tudo isto tinha chegado a uma esquina e era preciso virá-la. Mesmo que ele antes o não achasse, a partir desse momento achou que o é, para sempre.
E então...depois de tantos passos à frente, escapei.
E então o tempo parou, entrou num parênteses de nada.
Não me senti cruel. Senti-me orgulhosa das palavras que fui largando.Tirei para fora da cabeça todas esses ideias e palavras que se amontoavam no meu crânio e que lutavam para sair pelo buraco escuro da boca.

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