segunda-feira, agosto 08, 2005

Silêncio e calor

Sentada nesta cadeira, as janelas abertas, o fumo do tabaco, um vazio a ocupar a próxima hora.
O vento sopra lá fora, inutilmente, é um vento fraco. Faz um calor de estufa.
Eu, que me julgo sensata e só perdi por duas vezes a cabeça, agora quero perdê-la muitas vezes mais. De preferência contigo.
Terminei o cigarro, vou deitar-me. Não preciso escrever mais nada, são palavras que só eu sei.
O calor persiste, insuportável.

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