terça-feira, dezembro 13, 2005

Vago e desajeitado

Quando lhe perguntava alguma coisa mais concreta, dava-lhe sempre uma resposta vaga, não com palavras mas com um gesto de sobrancelhas e a mão que deixava toda a liberdade à sua interpretação. Ele tinha uma relação invulgar com a linguagem, só dizia o que queria, fazendo jejum do sujeito, do verbo e, sobretudo, do advérbio.

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