Da existência nada fica
A vida é esta, só esta.
Aqui acaba, não somos eternos. Até a alma, como dizia alguém, é muito mais mortal do que o corpo. O corpo, pelo menos, dura alguns anos, transforma-se em seiva, em comida de vermes, em adubo, em jantar de aves de rapina. Mas da alma mal permanece um eco, uma recordação. As palavras faladas e pensadas podem morrer antes do corpo. Uma doença vascular, uma perca de ligação entre os neurónios e pronto, muda para o resto da vida, sem voz, sem palavras, sem escrita. Que é como dizer...sem alma.
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