quinta-feira, setembro 29, 2005

Pedaços

Aproximou-se devagar, sem ruído, sentou-se ao meu lado e passou-me uma mão pelo cabelo e a outra mão pelo corpo, começando pelos pés descalços, uma carícia, e continuou, percorrendo o corpo, e o meu corpo dilatou-se, o corpo quente, que parecia não ter fim, que parecia ir crescendo debaixo dos seus dedos, e ajoelhou-se ao meu lado no sofá, como quem reza, em frente da minha cabeça e dos meus cabelos soltos, era de noite e estava escuro, e ouviu-me respirar.
A felicidade deve ficar-lhe tão bem, disse-me.

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